Luis Miguel Rêpas
1ª Sessão

Doutorado em História Medieval, pela Universidade de Coimbra, com uma tese intitulada Esposas de Cristo. As Comunidades Cistercienses Femininas na Idade Média, que defendeu em 2021 e que foi distinguida com o “Prémio A. de Almeida Fernandes”, de História Medieval Portuguesa.

É membro integrado do Instituto de Estudos Medievais (FCSH/UNOVA) e colaborador do Centro de História da Sociedade e da Cultura (FLUC).

Tem-se dedicado ao estudo da Idade Média, desenvolvendo trabalhos, sobretudo, nos domínios da História Monástica Feminina e da História Social. Da sua produção historiográfica destaca-se ainda a sua tese de mestrado, intitulada Quando a Nobreza Traja de Branco. A Comunidade Cisterciense de Arouca durante o Abadessado de D. Luca Rodrigues (1286-1299), que foi publicada em 2003, bem como um conjunto considerável de artigos sobre os mosteiros cistercienses femininos portugueses e as suas comunidades, em particular sobre Arouca, Almoster, Odivelas, Cós e Cástris.

Encontra-se, atualmente, a trabalhar, como investigador, no Projeto Livros, rituais e espaço num Mosteiro Cisterciense feminino. Viver, ler e rezar em Lorvão nos séculos XIII a XVI  (ref.ª PTDC/ART-HIS/0739/2020), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. No âmbito deste projeto, é o Coordenador Científico do Ciclo de Conferências “Viver, ler e rezar no Mosteiro de Lorvão (séculos XIII a XVI)”, que se encontra a decorrer, mensalmente, ao longo deste ano, e em que intervêm alguns dos maiores especialistas europeus sobre temáticas cistercienses.

As celas e as enceladas de Santa Maria antes da sua incorporação na Ordem de Cister

Dizer que a primeira referência às Celas de Guimarães (ou às Celas de Santa Maria, junto a Coimbra, no lugar de Guimarães) remonta a Dezembro de 1221 não significa que nessa data já existisse uma comunidade de monjas cistercienses em Celas, nem sequer que aí houvesse um mosteiro com religiosas submetidas a uma qualquer ordem. Na verdade, entre o aparecimento das primeiras enceladas e a sua incorporação na Ordem de Cister decorreram bastantes anos. Para além disso, uma análise atenta dos documentos primitivos de Celas permite-nos concluir não só que as primeiras religiosas não eram acompanhadas espiritualmente por monges cistercienses, mas também que o primeiro templo e o restante plano construtivo não previam nem se ajustavam ao modo de vida cisterciense.

Assim, o estudo que se apresenta incide, essencialmente, nas celas e nas enceladas de Santa Maria antes da sua incorporação na Ordem de Cister. Tendo em consideração que o pedido de D. Sancha dirigido ao Capítulo Geral para a admissão de Celas na Ordem de Cister só foi apresentado em setembro de 1227 e que o primeiro documento que valida a sua inclusão na referida Ordem é uma bula datada de 9 de julho de 1232, em que Gregório IX tomou sob sua proteção o mosteiro de Santa Maria de Celas e o seu património, procuraremos compreender o percurso desta comunidade desde 1221 até 1232.

Será, naturalmente, dada uma particular atenção aos movimentos religiosos do primeiro quartel do século XIII, em particular aos mendicantes, os quais propunham uma nova forma de vida, baseada na pobreza original, no Evangelho e na imitação da vida de Cristo, a fim de se entenderem as motivações espirituais das primeiras enceladas e o contexto do seu aparecimento.

INSCRIÇÕES

Oradores

Mª Helena da Cruz Coelho
1ª Sessão

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Maria do Rosário Morujão
1ª Sessão

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Saul António Gomes
2ª Sessão

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Catarina Fernandes Barreira
2ª Sessão

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Carla Varela Fernandes
3ª Sessão

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Miguel Metelo de Seixas
3ª Sessão

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Manuel Pedro Ferreira
3ª Sessão

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Carla Alexandra Gonçalves
4ª Sessão

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