Manuel Pedro Ferreira
3ª Sessão

Manuel Pedro Ferreira (n. 1959) estudou Arquitectura, Filosofia e Música em Lisboa e doutorou-se em Musicologia na Universidade de Princeton (1997). Ensina na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde ocupa a cátedra de Musicologia Histórica e coordena desde 2005 o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM). Tem-se dedicado sobretudo ao ensino e à investigação da música da Idade Média e do Renascimento, sem descurar a interpretação musical: fundou e dirige desde 1995 o grupo Vozes Alfonsinas, com o qual gravou vários CDs.

Como musicólogo, publicou internacionalmente mais de duzentos trabalhos científicos em livros e revistas e dirigiu vários projectos de investigação. Escreveu ou coordenou mais de vinte livros, entre os quais: O Som de Martin Codax (Lisboa, 1986); Cantus coronatus — Sete cantigas d’amor d’El-Rei Dom Dinis (Kassel, 2005); Dez compositores portugueses. Percursos da escrita musical no século XX (Lisboa, 2007); Antologia de Música em Portugal na Idade Média e no Renascimento, 2 vols. (Lisboa, 2008); Aspectos da Música Medieval no Ocidente Peninsular, 2 vols(Lisboa, 2009-2010); Revisiting the Music of Medieval France: from Gallican chant to Dufay (Farnham-Burlington, 2012); Musical exchanges, 1100-1650: Iberian connections (Kassel, 2016); Música e História: Estudos em homenagem a Manuel Carlos de Brito (Lisboa, 2017) e A Notação das Cantigas de Santa Maria: Edição Diplomática, 3 vols. (Lisboa, 2017). Tem também exercido com regularidade, desde 1978, o ofício de crítico musical. Tem-se também aventurado pela poesia e pela composição musical (tendo escrito algumas dezenas de obras vocais e de câmara). É membro da Academia Europeia (desde 2010) e da direcção da Sociedade Internacional de Musicologia (desde 2012). 

Vertentes musicais do monaquismo cisterciense

Será feito primeiramente um resumo da originalidade de Cister no que respeita aos aspectos litúrgico-musicais. De facto, o respeito literal pela regra primitiva de S. Bento, a consciência filológica relativa aos textos bíblicos em circulação e a fidelidade a uma pronúncia culta do latim foram concomitantes da busca das fontes primevas do canto gregoriano e do hinário conexo, levando a duas reformas musicais sucessivas, a do abade Stephen Harding e a de São Bernardo, cujas diferenças serão evidenciadas. A segunda reforma, que se impôs a partir de meados do século XII, produziu também um corpo teórico, que em grande parte a inspirou. Na segunda parte da palestra será explorada a margem de criatividade que o ideal de uniformidade na liturgia e nos costumes deixou aos mosteiros, dando-se como exemplo o caso português.

INSCRIÇÕES

Oradores

Mª Helena da Cruz Coelho
1ª Sessão

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Luis Miguel Rêpas
1ª Sessão

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Maria do Rosário Morujão
1ª Sessão

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Saul António Gomes
2ª Sessão

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Catarina Fernandes Barreira
2ª Sessão

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Carla Varela Fernandes
3ª Sessão

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Miguel Metelo de Seixas
3ª Sessão

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Carla Alexandra Gonçalves
4ª Sessão

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