Ana Pagará
4ª Sessão

Ana Pagará (Lisboa, 1971). Licenciada em História, variante de História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1993). Mestre em Recuperação do Património Arquitetónico e Paisagístico pela Universidade de Évora (1999). Doutoranda no ramo de Conservação do Património Arquitetónico na mesma universidade (1999/ 2005). Tem como domínios de especialização a arquitetura dos cistercienses, na perspetiva da conservação do Património, e a gestão de Património Mundial.

Exerce funções na Direção-Geral do Património Cultural, como Diretora do Mosteiro de Alcobaça, desde 2015, sendo responsável pela criação e implementação da estratégia de gestão em curso e autora do Plano Diretor (2016-2026) em execução. É representante da DGPC/ Mosteiro de Alcobaça e dos mosteiros cistercienses portugueses associados na Carta Europeia de Abadias e Sítios Cistercienses, tendo representado esta associação no ciclo de avaliação 2018 do Acordo Parcial Alargado para os Itinerários Culturais do Conselho da Europa, conducente à renovação da certificação da Rota Europeia de Abadias Cistercienses. Foi membro da Comissão de Acompanhamento da Rede do Património Mundial de Portugal, em representação da DGPC (2016).

É técnica superior do mapa de pessoal da Câmara Municipal de Mafra (desde 2002), tendo desempenhado também funções de Chefe de Divisão da Promoção e Dinamização Cultural na Direção Regional de Cultura do Alentejo (2007- 2010) e de técnica superior na Câmara Municipal de Portel (1999-2001).

Coordenou e/ ou participou em vários projetos de conservação e divulgação do Património e integrou a comissão organizadora de vários encontros científicos nas áreas de História, História da Arte, Conservação do Património Arquitetónico e Património Cultural Imaterial. Participa regularmente em encontros científicos, sendo autora de várias comunicações e publicações. É Académica Correspondente da Academia Portuguesa da História.

CELAS NO CONTEXTO DA ROTA EUROPEIA DE ABADIAS CISTERCIENSES. DESAFIOS E OPORTUNIDADES

Em 2018, o Mosteiro de Celas, joia do património cisterciense português, aderiu à Carta Europeia de Abadias e Sítios Cistercienses, associação europeia criada em 1993 que reúne perto de duas centenas de sítios em onze países e que tem como missão a salvaguarda e a promoção do património cisterciense europeu. O reconhecimento da importância dos mosteiros cistercienses – que, parafraseado o fundador e primeiro presidente desta associação, Jean François-Leroux, povoaram a Europa desde 1098 como uma “constelação de estrelas no céu” – na construção da Identidade europeia, valeu à Carta, em 2010, a certificação de Itinerário Cultural do Conselho da Europa, com a designação de Rota Europeia de Abadias Cistercienses.

Em Portugal, são hoje onze os membros deste Itinerário Cultural, de um total de três dezenas de fundações /afiliações promovidas pela Ordem de Cister no nosso território, as quais marcaram indelevelmente a paisagem do país, com particular incidência nas regiões Norte e Centro.

A criação e implementação de uma rota nacional dedicada ao património cisterciense é um anseio de há anos da maior parte das entidades gestoras e encontra justificação não só na importância patrimonial destes sítios, enquanto espaços de memória e de Identidade, mas também como vetores de desenvolvimento cultural, social e económico das comunidades locais. É nesse sentido que a Direção-Geral do Património Cultural/ Mosteiro de Alcobaça, com a parceria da Associação Leader Oeste e da Câmara Municipal de Alcobaça, se encontra a desenvolver o Projeto da Rota Cisterciense de Portugal, no âmbito da execução do Projeto LEADER de cooperação transnacional “Cistercian Territories. Abadias e Sítios Cistercienses, vetores de desenvolvimento económico, turístico e cultural” (2019-2023)”.

A extinta Abadia de Celas, monumento nacional aberto à fruição cultural (permanecendo a sua igreja afeta à função cultual), enquanto parte deste universo, encontra assim uma série de desafios e de oportunidades que podem ser tidos em conta no seu processo de gestão, com vista não só à sua salvaguarda mas também ao desenvolvimento sustentável da comunidade em que se insere.

 

INSCRIÇÕES

Oradores

Mª Helena da Cruz Coelho
1ª Sessão

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Luis Miguel Rêpas
1ª Sessão

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Maria do Rosário Morujão
1ª Sessão

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Saul António Gomes
2ª Sessão

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Catarina Fernandes Barreira
2ª Sessão

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Carla Varela Fernandes
3ª Sessão

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Miguel Metelo de Seixas
3ª Sessão

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Manuel Pedro Ferreira
3ª Sessão

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